23.12.10

O brasileiro é cordial

Como diria José Simão...


Foto real, tirada por mim em Perdizes!

9.12.10

É ruim mas eu gosto, nº 1990

Ace of base
Ace of Base: quem pensaria em algo como Euro-Disco?

Um quarteto sueco que faz um som "Euro-Disco" ou "Euro-Dance" com pitadas de reggae e que conquistou o mundo nos anos 1990. É ruim, mas eu gosto. E mando em festinhas até hoje. Enjoy!

6.12.10

Gigante paranóico?


Topei com um post bem interessante do John C Abell na Wired! De acordo com o autor, o Google temeria um sucessor (?) à espreita. Em uma garagem qualquer, dois moleques poderiam estar em plena gestação de um monstro capaz de engolir o gigantesco império informacional sem o qual muita gente não imagina viver. History repeating itself? Ou uma mudança dramática de paradigma? Veremos...

P.S.: a ótima ilustra do post eu peguei lá no Paranoid News! Espero que eles não fiquem paranóicos com isso... ;)

(un)Reachable


[E quando se descobre que o que se achava antes inalcançável encontra-se agora repousado debaixo da mão? Guess what? We've reached it!]

3.12.10

Gonzo em quadrinhos


Não, não é o Transmetropolitan.

Tô falando de Gonzo: a Graphic Biography of Hunter S. Thompson.

Foi lançado pela SelfMadeHero (eles têm muitos projetos loucos, como Shakespeare em mangá!). 

E eu ganhei de natal! :D

12.11.10

É ruim mas eu gosto nº VII


Steve Vai é um guitar hero. Tocou no Whitesnake, teve aulas com o Satriani. É um dos melhores guitarristas contemporâneos.

Em meados da década de 1990, o cara montou uma banda chamada Vai, com bateria, vocal, e, é claro, guitarra, talvez cansado de ser ignorado pelo mainstream. O "conjunto" só lançou um disco (Sex&Religion), de onde tiro a música abaixo ("In My Dreams With You").

Isso me lembra o Daniel Ayub (também conhecido como "Coutinho"), e o momento - no 2º colegial, acho - em que dedicamos esse som à existência da Lívia Avallone, musa de todos nós.

Hoje a música tem um significado diferente pra mim, mas, whatever...

Um brother falou esses dias que parece Bon Jovi. É... Acho que é ruim. Mas eu gosto!

4.11.10

O pior de nós


E então parece que a eleição de Dilma (o que particularmente considero um avanço) despertou em muita gente preconceitos silenciosamente instalados ao longo de anos. Finda a contenda nas urnas, o argumento político (mal construído ou inexistente na maioria dos casos) dos derrotados deu lugar ao palco armado para a aversão ao brasileiro nordestino, e/ou ao migrante oriundo daquela região.

Não foram poucas as manifestações de intolerância e ignorância de cidadãos supostamente esclarecidos do Sudeste, que "culparam" os estados do Nordeste pela eleição da primeira chefe de estado do gênero feminino no Brasil. Tantas manifestações desse calibre inclassificável fizeram mais de uma pessoa que conheço e prezo chorar. É... "Isso sempre existiu, na verdade...", foi tudo o que pude dizer. E assim me lembrei de ver, pela janela da minha antiga casa, um bando de skinheads marchando e gritando palavras de ordem.

Fica o pesar. E também a esperança de que as pessoas que - de cabeça quente, imagino - dispararam ofensas indefensáveis contra parte do nosso país repensem o que disseram. Mas principalmente o pesar.

Odeio reproduzir qualquer coisa do tipo, mas esse site aqui ("o31deoutubro" http://bit.ly/bnT3pe) reuniu alguns dos piores exemplos do que se aconteceu depois do anúncio do resultado da eleição presidencial. Que sirva para nos envergonharmos. Por bem mais que os próximos quatro anos.

24.10.10

3 grandes baixistas

1-) Victor Wooten (Béla Fleck & the Flecktones)



2-) Jaco Pastorius 




3-) Stefan Lessard (Dave Matthews Band)


14.10.10

Ciranda


[ficção (?) programada]


[Aí a dona das horas me fez virar criança, justo no dia em que se comemora a existência da infância. E escalei contornos, brinquei de esconde-esconde com dentes pronunciados, girei abraços, conjuguei lábios, declamei a tabuada das permanências silenciosas e soletrei aquilo que normalmente se demora pra dizer. Hoje acordei homem feito, confrontado pelos reflexos pesarosos dos espelhos, subjugado pelas obrigações de adulto, desfeito de sonhos, preguiças e manhas. Ah, mal sabe a realidade compenetrada que eu posso, quando quiser, falar a língua dos amigos imaginários que ela conjura estalando os dedos e comer do doce mais doce que ela cozinhou de brincadeira pra mim.]

7.10.10

É ruim mas eu gosto, nº 666





Sem mais,

Subscrevo-me.

6.10.10

É ruim mas eu gosto, nº cinco





Pule o vídeo para o minuto 01:34 para evitar a baboseira.

Pra quem nasceu na primeira metade dos anos 1980 houve uma época em que a MTV era a única fonte de novidades musicais. Lembro de gravar esse clipe em uma fita VHS e assistir à exaustão.

 Era - e ainda é - ruim -, mas eu gostava - e ainda gosto. O Shaggy apareceu fazendo dancehall e ragga-pop quando ninguém sabia o que era isso no Brasil. Algo além da voz inumana e das moçoilas bem dotadas rebolando no vídeo me atraia como abelha pro mel. Anos depois fui me tocar - sim, conheci o Shaggy antes - que o malandro tinha chupinhado a introdução de "Let's Get it On" do Marvin Gaye - além de samplear os "oooohhh, yeahhhh". Na versão que está no post não dá pra ouvir - por algum motivo, nenhum dos vídeos com a faixa original permitem incorporação -, mas nessa aqui, a oficial, dá pra ouvir o comecinho com o solo de guitarra.

Boom-boom-boombastic.

28.9.10

Aqui, querida



Pouca gente conhece essa história, mas, em 1978, enrolado em um processo de divórcio, o troublemaker e soul master Marvin Gaye concordou em gravar um disco cujos dividendos iriam para sua futura ex-esposa. A princípio, ele quis gravar uma merda qualquer. Mas decidiu relatar a história de sua separação e gravou um dos melhores álbuns de sua carreira - uma obra conceitual sobre o começo, meio e fim de um casamento.

O miolo do encarte (figura que abre o post; a capa está na miniatura do vídeo abaixo, uma das melhores canções do disco) já entrega o clima.


É ruim mas eu gosto, n° IV


Não precisa falar nada. É ruim. Por isso o nome da "categoria". Mas... Eu gosto! "Whatever I said, whatever I did, I didn't mean it. I just want you back for good." Can it get any better than this?  

Agora, por favor, acompanhem comigo a traquinagem que o Mike Patton fez com essa música em pleno Monsters of Rock no Chile.

Mulher pra casar


Uma conversa com o post "As melhores", de Vinícius Novaes.

A mulher pra casar não pode ter passado. Ainda que tenha feito e desfeito, comigo tem que ser a primeira vez. E do resto eu nem quero saber. Não tem ontem, porque é comigo que vai ser amanhã. O hoje a gente vai levando. E se for, que seja de véu e grinalda, que é pra manter girando a roda das tradições.

Guarda nas entrelinhas - e nunca, nunca escancara - um sentimento, seja qual for. Guarda tão fundo que nem eu sei o que se passa lá dentro. Que é pra manter o suspense caso ela resolva, um dia, ir embora levando filhos, cachorro, carro e casa. E, pensando bem, se ela levou a casa, quem foi fui eu.

Sabe ser difícil na medida certa. Nunca responde uma mensagem no celular logo de cara, e nem diz "alô" já depois do primeiro toque. Afinal, eu nunca me casaria com alguém que pode genuinamente estar interessada em mim. O que importa é jogar. E jogar. Uma eterna partida de War.


Ademais, rodrigueano, jamais faria com ela o que faço com uma qualquer. Ela não é qualquer uma. É a minha mulher. E é tão quietinha...


20.9.10

It's My Party

Leitores e leitoras,
Façam o favor de me presentear com a sua presença!




E pra celebrar meus 26, vamos de música. Vai, DJ!


17.9.10

A pop proof woman


Uma mulher à prova de pop preferiria Lennon a McCartney. Adiantaria o relógio para cinco da manhã e depois carregaria os ponteiros bem devagar. Assaltaria de quando em quando os cantos da minha boca e me faria pensar que contra isso não é preciso mesmo defesa. Faria com que eu economizasse palavras por querer ouvi-la esbanjar. Revogaria a lei da gravidade para que eu pudesse flutuar um pouquinho sem perceber. Seria bem real, ainda que too good to be true.   


7.9.10

É ruim mas eu gosto, nº DCCC



"Essa música é linda, né? Puxa vida... Tem cada música aqui nesse Carnaval da Bahia... Se a gente fosse fazer uma antologia ia dar... cinco CDs..."

Gonzo Cotidiano 4: Endangered Species

Tragamos demoradamente nossos cigarros. E esperamos os meteoros que desencadearão uma nova Era Glacial em nosso estilo de vida.

[ego]

Nós, fumantes, somos uma espécie ameaçada de extinção. 

Já não se pode fumar em lugar algum. Serra triunfou como eu previa. Bem, pelo menos uma vez na vida, né?

Os preços não param de subir. As pessoas olham feio se você acende um cigarro. Os poucos fumantes que restam, quando se reconhecem como iguais, só faltam chorar. "Você pode me emprestar o isqueiro?", "Você FUMAAAAA?". E ficam ali, aglomerados, como leprosos felizes. Isolados da porção saudável da humanidade, é verdade, mas felizes.

Dias atrás eu tive o enorme prazer (#not) de viajar de ônibus. Tinha que embarcar no Terminal Barra Funda, em São Paulo. Man, não há lugar pior pra se estar após a lei anti-fumo. Terminais rodoviários e aeroportos em geral, na verdade. Veja bem: qualquer pessoa minimamente responsável vai chegar pelo menos 30 minutos antes do embarque no caso de ônibus, e uma hora or so no caso de um avião. E o que você faz enquanto espera que a viagem comece? Fuma! É, bem, não mais...

Para pitar, o cidadão (eu, no caso) tem que atravessar aquela enorme e malcheirosa estrutura de concreto (o terminal Barra Funda) e descer 18 lances de rampa até estar em algum lugar minimamente caracterizado como "rua". Na verdade, ainda é uma porção do terminal, a plataforma de ônibus urbanos - um pedaço descoberto dela, que faz divisa com os trilhos da CPTM. Lá, três ou quatro lost souls se empoleiram entre um monte de areia de construção e algumas pilhas de tijolos de concreto, prováveis restos de alguma obra minor

Junto-me aos candangos, e parecemos leprosos felizes. Isolados da porção saudável da humanidade, é verdade, mas felizes. Tragamos demoradamente nossos cigarros. E esperamos os meteoros que desencadearão uma nova Era Glacial em nosso estilo de vida.

É ruim mas eu gosto, nº 33 e 1/3



Ok. Sim, eu estou em uma fase brega. Piegas, se quiserem chamar assim.

"You put that spell on me, I'll tell you honey. You know you set me free, hey, little girl. You know my heart's desires. Come on and give it to me baby. I can't deny it"

5.9.10

Nirvana antes da fama

O Nirvana em 1989
Channing (antes de Dave Grohl), Novoselic e Cobain (esq. para a dir.): em 1989 o Nirvana ensaiava no porão da mãe do baixista

Em 2009, Bleach, o primeiro disco do Nirvana, completou 20 anos. Rolou, pra variar, uma daquelas edições comemorativas, nas quais o tracklist original normalmente é sucedido por algumas versões ao vivo ou takes demo. Na real, quase ninguém ouviu o disco. Daí a famosa frase de Kurt Cobain, antes de tocar "About a Girl" durante o Unplugged in New York: "Essa é do nosso primeiro disco. A maioria das pessoas não a conhecem."

Em 1989, ano do lançamento de Bleach, o Nirvana ainda ensaiava na casa - mais especificamente, no porão - da mãe do baixista Krist Novoselic (veja vídeo abaixo). O baterista era o incógnito Chad Channing (Dave Grohl veio só depois, para gravar o blockbuster Nevermind). E o grunge ainda não havia dominado o mundo com figuras como Pearl Jam, Alice in Chains e Soundgarden, só pra ficar nas mais conhecidas.

Antes que o álbum faça 30 anos, vale a pena ouvi-lo, do começo ao fim. Você pode se surpreender com pérolas como a supracitada "About a Girl" (em versão plugada), a nervosíssima "Negative Creep", a catártica "School" e o improvável e magnífico cover de "Love Buzz" (do grupo holandês Shocking Blue, aquele do hit "I'm your Venus, I'm your fire and your desire" - veja original de "Love Buzz" aqui).

E depois me diga o que achou. Se gostar, vou recomendar o Incesticide.

Enjoy!


Abre o olho, Marvin!

Estão pegando a tua mulher, malandro!


26.8.10

Noivas russas


É só falar em pós-punk que muita gente torce o nariz. Porém, várias bandas boas surgiram desse caldeirão que, como o nome diz, veio depois do punk. Joy Division é uma delas, pra citar uma mais conhecida.

Esses dias topei com uma banda contemporânea que faz pós-punk da melhor qualidade. E que, por muitos motivos (sendo a voz do vocalista principal o maior deles), lembra a banda de Ian Curtis.

Os caras são da Rússia, pelo que pude apurar por aí, mas cantam em inglês, e se chamam Motorama. O disco, recém-lançado (e que eles mesmos liberaram para download), se chama Alps.

Se o o pós-punk te agrada, não deixe de ouvir. Particularmente a faixa-título (vídeo acima), linda de morrer, e "Wind in Her Hair".

3.8.10

É ruim mas eu gosto, nº 1



O visual é horrendo. O playback também. Não vou nem comentar a dança. É tudo muito ruim. Mas eu gosto. Aliás, tem uma história engraçada por trás dessa. O terreno onde ficava a fábrica de bebidas do meu avô materno (que fechou antes de eu nascer) outrora também abrigou uma academia (que também já fechou), além da casa da minha avó e de um tio. De longe, brincando no estacionamento coberto de brita, eu ouvia as músicas que a galera botava no som pra embalar a malhação. Foi onde escutei "Pump Up the Jam" pela primeira vez. Anos atrás redescobri por causa da MTV e, desde então, é hit obrigatório quando eu boto a mão no som. Sério.

Aqui vai outra pérola do Technotronic. Essa eu cheguei a tocar com a D. Explosion, power trio de dance-punk que tive antes da Strange Music. Enjoy.

28.7.10

Gonzo Cotidiano 3(?): Quarta-feira, "Dia Internacional do 'Regaço'"





Eu regaço, tu regaças, ele regaça, nós regaçamos!


Para EV, MQ, RL, FM, RF e MN (também conhecido como VN).


Algumas almas queridas que povoam meu Cotidiano Gonzo e eu decidimos decretar, mesmo sem autorização da ONU, a quarta-feira o "Dia Internacional do 'Regaço'".

Como bem me alertou uma amiga outro dia, muita gente pode não saber que "regaço" é o diminutivo interiorano para "arregaço", substantivo (?) que, em algum momento da história, passou a significar "estrago", "bagunça" e etc. Mas vocês são, evidentemente, pessoas esclarecidas. Prossigamos.

Bom, já vou começar me justificando. A quarta-feira é ideal porque nesse ponto da semana a rotina já deu no saco, mas a vitalidade dos pós-adolescentes (de todas as idades) ainda é suficiente pra segurar a onda de uma noite mal dormida.

Perfeita pra sintonizar os corações que se separam por baias de fórmica e os transeuntes de todas as etnias, credos, orientações políticas e times de futebol.

Aliás, vamos continuar essa conversa no bar?

Dá um alô, mas pelo celular, que a essa altura eu já devo ter começado os trabalhos.

Salve!

26.7.10

Funeral para a classe média

O septeto Arcade Fire em ação: depois de passar a fase do hype fica bem melhor (foto tirada daqui)
Eu já fui dos detratores do Arcade Fire. Mea culpa. Depois de superar a birra, me encantei com o Neon Bible (2007), segundo disco deles. Na verdade, acho que não era a banda que me irritava, e sim o hype e os fãs escrotos que acompanhavam o pacote, dois motivos que me fizeram demorar pra admitir pra mim mesmo que gostava do Arctic Monkeys, e, imagino, que afastam tanta gente do Los Hermanos (da qual eu gostei desde que eles deixaram a "maldição" da Anna Júlia pra trás).

Soube, hoje, pela Folha Ilustrada de papel, que o terceiro álbum do septeto canadense havia caído na rede (que ironia, não?), e causado frisson no corpo macio dos adolescentes, pós-adolescentes e "hey, não é hora de você admitir que não é mais adolescente e mudar da casa dos seus pais?" indies do Brasil e do mundo. A reportagem arrisca a dizer que, do hype, a banda deve passar para o "superlativo", por conta da maturidade e apuro sonoro alcançado com esse último trabalho. Usaram, pelo menos uma vez, a batida comparação com U2. Aí, meu amigo, na minha modesta opinião, já cagou tudo.

Veja bem, se eu me incomodo com hype de MySpace (seja a banda boa ou ruim), que dirá com uma planificada, pasteurizada, paumolescente e cheia de luzes e telões adoração do naipe da que rola com U2!?! U2, caralho! Quem gosta de U2 não merece lugar no meu coração.

But I digress...

O disco se chama The Suburbs, e pelo que já consegui ouvir e ler em reportagens grandiloquentes como a da Folha Ilustrada (foi capa, por sinal), é bem literal. "O enfado da classe média [canadense] norte-americana" e outras groselhas do gênero. However, é um bom disco. E pelos primeiros acordes da primeira faixa[-título] já dá pra perceber.

Alguém podia apresentar a literatura de John Updike para esse povo da Ilustrada e do Arcade Fire. Aí eles poderiam ver o que é "enfado" e "classe média norte-americana". Fora isso, bom som. Um bom sucessor para o maravilhoso Neon Bible.

E se eles entrarem na da crítica "especializada" e tentarem ser algum tipo de manifestação musical messiânica, que seu futuro seja parecido com o título desse post (inspirado livremente nos nomes/temas do primeiro e terceiro álbuns da banda).

Tem por aí pra ouvir. Vá procurar.

Aqui embaixo um aperitivo.

Gonzo Cotidiano 2.1: Xaveco no Facebook

A clássica apoiadinha no ombro: e quando o xaveco não sai do virtual?

"Xaveca no Facebook, e aí...", disse, certa vez, o amigo de um amigo meu.

O problema é que... e aí NADA! No máximo um "curtir" no próximo link que você postar, ou mais uma conversa interminável no MSN.

Será um mal da nossa geração, que tende a se agravar na próxima?

O principal desafio pra um monte de gente, incluindo aí alguns amigos meus (e, por que não, eu mesmo), hoje em dia, é transformar esse monte de "possibilidades trazidas pela internet" em atividade de verdade.

É por isso que, para conversas e outras coisas do gênero, eu ainda prefiro a boa e velha mesa de bar.

14.7.10

É ruim mas eu gosto, nº 0

Marky Mark and the Funky Bunch - Good Vibrations (1900 e alguma coisa).

Antes de se tornar o "ator" Mark Wahlberg, o candango se chamava Marky Mark. Por conta disso até o DJ Marky (antes igualmente Marky Mark, brasileiro, sucesso na gringa) resolveu mudar de nome. Ele (Wahlberg) tocava com uma banda chamada "Funky Bunch" (ouch!). E desistiu de usar camisetas durante toda a década de 90, pelo que me consta.

Esse som (que você pode ver abaixo, em um vídeo do Vimeo - o YouTube estava fora do ar (!) quando escrevi) - , é ruim, mas eu gosto. "Algum problema? Não? Ah, tá. Achei que tivesse".

Na real é um remix, mas está bem próximo do original, então vale.  ATUALIZADO (em 16/07)! Versão original primeiro, remix depois!

Tchau.



Recomendação de bamba: é melhor seguir


Coisas que aprendi com os sábios conselhos do "homem de ben":

- Prudência, dinheiro bolso e canja de galinha não fazem mal a ninguém (indeed!);

- Cuidado pra não cair da bicicleta e pra não esquecer o guarda-chuva (ainda mais se você mora em São Paulo);

- "Passar o rodo" pode fazer você melhorar (só não sei muito bem o que isso significa);

- Quem não saltar no Engenho de Dentro, só em Realengo;

- Bandeira dois não dá bandeira (só não sei muito bem o que isso significa x2);

- É tudo, nada é nada. Assim filosofou Dom Maia;

- A cabeça do Oliveto é uma cabeça de negro (só não sei muito bem o que isso significa x3);

- Pra acabar com a malandragem tem que prender e comer todos os otários (o Tyrannosaurus Rex é que mandou avisar);

- A Susana Werner é iSpressionante, desde sempre.

Capice?

Gonzo Cotidiano 2: Fama de Tim Maia

Tim Maia


















Tim Maia: será que ele vem?

Pode não ser novidade pra muita gente, mas vou contar assim mesmo. Depois que adquiriu certa notoriedade, Sebastião Rodrigues Maia (o Tim Maia) desenvolveu uma fama muito peculiar. Nunca dava pra saber se o cara ia aparecer em um compromisso ou não, inclusive em seus próprios shows. Pra quem duvida, recomendo a biografia do maluco, escrita pelo Nelson Motta, produtor, jornalista e amigo de longa data do "síndico". O nome do livro é "Vale tudo: o som e a fúria de Tim Maia", da editora Objetiva. Bem bacana (inclusive, poderia se chamar "O som e o peso de Tim Maia", já que a abertura de cada capítulo dá conta de quantos quilos Tim Maia tinha nas épocas descritas). E certas passagens mostram como Tim se tornou uma lenda, não só pelo som, mas também pelo comportamento errático. Como na vez em que ia fazer um show no Morro da Urca, no Rio, e resolveu ficar com medo de pegar o bondinho pra chegar lá em cima!

Lembro de ver uma reportagem sobre o último show que ele fez antes de morrer, e a matéria abria com um "fala povo" (jargão horrível do jornalismo, que significa entrevistas com as pessoas passantes em determinada situação, sobre o tema da reportagem) onde o repórter perguntava "E aí? Você acha que ele vem? Acha que o Tim vai aparecer?" (!!!!!!). Bem, ele apareceu, e, logo depois, nunca mais apareceu vivo (como fez tantas vezes em que estava com a saúde perfeita), vítima de uma vida de excessos.

Soou familiar? Arrisco dizer que todo mundo tem pelo menos um amigo ou conhecido que "encarna" o Tim Maia, sendo músico ou não. Eu tive minha cota desses tipos. Um "vou com certeza" vira, na verdade, um "não tenho a menor ideia se vou, e provavelmente não vou aparecer, mas você já sabe, né?". Ligar nem adianta. O celular, que tem "o melhor sinal do Brasil", vira uma caixa postal permanente. E, quando atende (QUANDO atende), rola um "já tô no metrô!" ou "tô cruzando a Rebouças", quando a pessoa ainda nem tomou banho pra sair de casa.

E você espera. Meia hora. Uma hora. Nada. Quem foi amaldiçoado com o defeito da pontualidade (o que significa chegar pelo menos 15 minutos antes do horário combinado, nos casos mais graves) sofre. E quando o/a sujeito/a (existe feminino de sujeito?) finalmente chega (QUANDO chega), com uma cara de ordenhador de vacas? Dizer o que?

É rir pra não chorar.

Bem, eu, há algum tempo me livrei dos Tim Maias contumazes da vida (menos o original, que a gente perdoa, sempre). Recomendo que você faça o mesmo. Afinal, eles só são divertidos em biografias. Quando você faz parte da graça, acaba sendo muito sem graça.

E se a espera não for muito longa, ouça no REPEAT o Maia original arriscando um soul em inglês em "Jurema" (vídeo abaixo), do primeiro disco dele, de 1970.

E quem não dança segura a criança.

Vai.



13.7.10

O xx da questão



Hoje é dia do rock. Grandsmerd.

Bem, agora que já fiz a minha homenagem, vamos em frente.

The xx... Bem, eu já vi esse filme algumas vezes. Você conhece um som e pensa "meu, isso é do caralho". Passam-se alguns meses e você já enjoou e a banda sumiu. Isso já aconteceu comigo com Magic Numbers, Sons & Daughters e alguns outros. Provavelmente também vai acontecer com The xx. Mas, por enquanto, estou  vivendo a lua de mel.


The xx


"Música de foda", foi assim que uma amiga me apresentou o trio londrino de indie rock. Olha... Pode funcionar. A vocalista e guitarrista Romy tem uma das vozes mais bonitas e sexy que ouvi nos últimos tempos (além de ser uma das pessoas mais andróginas da música atual). O baixista Oliver também manda bem na hora de encarar o microfone. As músicas são bem climáticas e a bateria é eletrônica, comandada por Jamie. 
Precisa falar mais? Vá ouvir.