29.9.09

Entrevista com @annebecker, ou, Como as redes sociais transformaram o conceito de 'anonimato'






















@annebecker: seus posts já tiraram o sono de mais de 2 mil seguidores

Se você está no Twitter, são grandes as chances de já ter ouvido falar dela. @annebecker já causou discórdia por conta do #lingerieday, mas, no fim das contas, só quer mesmo poder falar o que quiser (em 140) caracteres. Em uma noite ébria de segunda-feira, o Cotidiano Gonzo falou com a garota que já tirou o sono de mais de 2 mil seguidores. Confira.

Cotidiano Gonzo 
desde quando você está no Twitter? 

Anne:  
hm, começar mesmo acho que comecei no final de 2007 ou começo de 2008, mas fui passar a usar de verdade e postar com frequencia mais ou menos em fevereiro de 2009. 

e você tem algum objetivo tangível com isso? 
com o twitter? não, eu posto por diversão mesmo. conheci algumas pessoas muito legais por lá (conheci até meu namorado via twitter) e achei até estranho como eu fiquei meio "popular" com o tempo, mas é só diversão mesmo. claro que se aparecer alguma coisa "séria" que envolva o twitter e a minha imagem na internet, eu vou considerar sim. 

e a que você atribui a popularização do seu Twitter?  
Acho que boa parte foram pelas fotos que eu posto, claro. Mas não sei, eu falo bastante besteira também e tenho amigos "conhecidos" na internet que eu costumo conversar bastante via twitter, daí uma coisa leva a outra...

você enfrentou algum tipo de represália por conta do lingerie day e por postar fotos (como essa do seu MSN), digamos, insinuantes? 

Ah sim, muita gente me chama de puta, vaca, tem gente que acha que eu sou só a foto mesmo e porque eu falo de sexo eu sou uma imbecil sem nada na cabeça, mas eu sinceramente não ligo. Alias, falando mais sobre as pessoas que têm essa atitude negativa quanto a mim (ou qualquer pessoa com mais "liberdade"), eu acho é que na verdade é muito dificil pra maioria das pessoas conceber o fato de que sexualidade não é uma coisa "feia". Tem muita gente que acha que tem que ter extremo pudor ao falar sobre isso, como se fosse errado. E é por isso que tem tanta menina nova ficando gravida cedo ou não sabendo o que fazer com a vida sexual.

quantos anos você tem? 

20 anos.

e o que você faz da vida?

Eu estudo e trabalho com moda.

seu nome é Anne Becker de verdade?

Sim

bonito nome! e como minha cerveja e meus cigarros vão acabar logo mais, proponho um "pergunta e resposta" rápido. Que tal? 
ok haha ;p

1.) Um 'must follow' do Twitter 
Nossa, muitos, pode ser mais de um?

Até 3. 
@lubom, @tdbem e @gravz.

2.) @annebecker é.. 
louca, acho. aiuheiuha 

3.) Orkut, Facebook ou Twitter? 
Twitter.

4.) Por quê? 
Mais dinamico e mais rapido. 

5.) Uma mensagem para todos aqueles que querem te ver nua depois do #lingerieday 
Só acontece se tiver muito dinheiro envolvido, caso contrário, sorry! Mas obrigada ;p 

6.) (e pra finalizar) por que deveríamos continuar te seguindo (além das fotos)? 
Não sei, quem me segue que deveria dizer isso, não eu, né?

28.9.09

Quem tem medo das mídias sociais?


Tas no Seminário INFO: "O Twitter é para ouvir". Tá certo então...


Esses dias rolou de ir ao Seminário Info – Twitter, orkut e Flickr. Foi num hotel chique no Brooklin. Tinha muita comida de coquetel e espaço ao ar livre pra fazer fumaça. Walter Longo esteve lá (grata surpresa, já que eu não conhecia o mancebo), bem como Marcelo Tas, que pagou de showman e falou pouca coisa pra valer (além de "O Twitter serve para ouvir"). Tinha internet wireless, o que, aliás, permitiu que eu fizesse uma cobertura em tempo (quase) real pelo Twitter.

Agora os pontos que me incomodaram sobremaneira.

1. Ninguém sabe exatamente do que está falando quando o assunto é "mídias sociais"

Porra. Sentar por quase 10 horas em um auditório e ouvir umas 57 vezes que "ainda é muito incerto", "são possibilidades embrionárias" e o cacete não era exatamente o que eu estava esperando. Ok, eu sabia que ia ser mais ou menos isso mesmo, dada a ignorância generalizada acerca do assunto e a quantidade de pessoas com mais de 30 anos que lotavam o evento. However, achei que poderia ver como (afinal, como?) as empresas estão lidando com a nova bolha da internet.


No fim, só descobri que: a lendária venda de apartamento que a Tecnisa fez pelo Twitter serviu para o gerente de comunicação digital (ou algo que o valha) da construtora, um cara aparentemente gente boa, reverter um pouco a sua 'fama' de vagabundo dentro da empresa; o Twitter da Natura (não procurei e não achei o link) é mantido por 9 pessoas que se revesam semanalmente; alguns diretores não fazem "a menor idéia" de quais ferramentas ou aplicativos podem ser utilizados para gerenciar os perfis de suas empresas nas redes sociais. Muito emocionante.

2. Empresas com medo saltam no escuro em busca de "gestão da comunicação digital"

Calma, muita calma! Nada contra aproveitar que finalmente o cidadão comum possa meter medo em uma corporação simplesmente por escrever alguma merda em um formulário de comentários de um blog corporativo, e que alguém possa ganhar uma grana com isso. O problema é que estão criando uma atmosfera terrorista em cima do negócio. E tem muita gente disposta a lucrar em cima, sem (repito o que já disse) saber exatamente do que está falando (e/ou o que está fazendo).

Meus caros executivos, CEOs, stakefuckingholders e chairmen de todos os tipos: não se iludam. Ainda vai levar um tempo até que consigamos derrubá-los com o clique de um mouse, ou uma choradinha no Twitter. Então, valorize o conselho que dou de graça (mas só desta vez,): só entre nessa se souber quem você está pagando. E para fazer o quê. A velha máxima permanece: Don't believe the hype!


E muito menos em um blogueiro/"tuiteiro" que se define como "relevante". Argh!

P.S.: siga o Cotidiano Gonzo no Twitter. É só clicar aqui, e se juntar ao lado Gonzo da Força.

22.9.09

No Twitter


Perfil do Cotidiano Gonzo no Twitter: #FuckingFollow

Demorou, mas inaugurei. A mais nova forma de encher o saco de todo mundo com atualizações do Cotidiano Gonzo e outra extravagâncias. Vocês ainda vão ouvir falar de nós. Em 140 caracteres.

Os incautos podem seguir por aqui. Ou, simplesmente clicar no menu aí ao lado.

Enjoy!

14.9.09

Cinco (ou mais) músicas para ouvir durante o sexo



Antes de mais nada, essa lista foi praticamente encomendada. Some-se a isso o fato de que rankings de qualquer coisa parecem fazer sucesso na blogosfera e temos mais um post gloriosamente supérfluo - e extremamente carregado de hormônios.


Bem, pra quem quer se aprimorar na lida, um novo truque é sempre benvindo. E uma playlist bem escolhida pode ajudar a quebrar o gelo e emoldurar melhor aqueles momentos íntimos, por assim dizer.

Apresento-lhes cinco (ou mais) músicas para se ouvir durante o sexo (mas espero que a sua brincadeira dure um pouco mais que isso):

5-) "Walk on the Wild Side" - Lou Reed



Quem diria que o heroin junkie seria uma boa escolha pras preliminares? Eu não acreditava até tentar.

4-) "Time of the Season" - The Zombies



Apesar do nome meio mórbido, a banda deve ter embalado vários amassos dentro dos carros com este hit da década de 1960. "It's the time of the season for loving".

3-) "I'm Your Boogie Man" / "Keep it Coming Love" - KC and the Sunshine Band



Ok, ok. A banda é farofa, e a(s) escolha(s), polêmica(s). Mas sempre funcionou pra mim. Talvez seja interessante experimentar também a versão do White Zombie (abaixo) para a primeira delas.



2-) "I Get Lifted" - George McCrae



Esse funkeiro da Flórida conseguiu criar uma das músicas mais sexy dos anos 1970. Preste atenção no baixo, se puder. "Girl, I can tell ya', you turn me on". Indeed, indeed.

1-) "Sexual Healing" e "Let's Get it On" - Marvin Gaye

Não consegui evitar o clichê. Empate técnico do Trouble Man com ele mesmo. Ia limar "Let's Get in On", já que a música foi usada até em um filme do Hugh Grant, e deixar só "Sexual Healing", mas não deu. Medalha de ouro dupla para Mr. Gaye. Deixe a cura começar...



11.9.09

Cachaça em 140 caracteres


Cachaça Poesia: embalagem-livro e perfil no Twitter

Não é por nada, mas não é sempre que se vê uma marca de cachaça no Twitter. Ainda mais uma das boas. Eu já provei a Poesia - artesanal, do sul de Minas -, e recomendo. Por conta dela, aliás, já fui parar no Rio e em Brasília, onde arranhei alguns sabores e dissabores. Vida.

Enfim. Além de ser uma das poucas aguardentes que tem um site decente, onde é possível comprar com segurança e encontrar informações sobre o produto, a Poesia enveredou pro microblog-febre-das-mídias-sociais, usando o serviço para diivulgar algumas promoções e conteúdos correlatos.

No domingo agora, 13/09, rola uma dessas promos. É Dia Nacional da Cachaça, e pra comemorar, a Poesia vai premiar os três candangos que enviarem a melhor frase ou poema sobre a BOA E VELHA BRANQUINHA com um kit especial "Livro de Poesia" (foto acima), uma embalagem especial pra presente, com uma garrafa de 700 ml e dois copos personalizados. Detalhes aqui.

Siga o Poeta (@CachacaPoesia), mande sua tentiva no dia 13 e seja feliz!

"Bebo da branca / Bebo da amarela / Só não bebo da roxa / Porque não inventaram ela." (Quadra popular em Minas)

7.9.09

Os três melhores grupos femininos dos anos 1960


The Ronettes: alguém aí pensou em Amy Winehouse?

Depois da onda do Doo Wop, entrei numas de escutar grupos vocais femininos. Um lance de explicação algo cronológica, já que um movimento veio logo depois do outro (historicamente falando). O som dos grupos femininos (que eram, em sua maioria, trios) foi uma mistura de pop com R&B e rock n' roll que virou moda no início dos anos 1960, suplantando o Doo Wop. No entanto, as garotas herdaram deste último a tendência de usar as vozes como arranjos em harmonias suaves que serviam de escada para a lead singer - muitas vezes mal se escutava a banda tocando ao fundo.

Sem mais delongas, minha homenagem cabalística aos três melhores grupos vocais femininos da década de 1960.

3-) The Ronettes





Encabeçadas por Ronnie Bennett (que mais tarde se tornaria Ronnie Spector ao se casar com o seu produtor, o lendário Phil Spector), as Ronettes bombaram com o hit "Be My Baby" (talvez o único grande sucesso delas). O burburinho foi tanto que o grupo foi o primeiro composto por mulheres a tocar com os Beatles. Dá pra ver o motivo (e também, de onde Amy Winehouse tirou seu look).



2-) The Supremes





Berço de Diana Ross, as Supremes foram o grupo americano de maior sucesso dos anos 1960, rivalizando com o Fab Four em termos de apelo comercial pelo mundo. Creio eu que, entre os grupos femininos da época, elas foram também as que mais botaram o povo pra dançar. E elas também dançavam, ensaiadinhas, como dá pra ver pela coreografia do vídeo acima.


1-) The Shirelles





Essas podem ser consideradas o The Platters de saias. Não dá pra competir (até porque, contrariando a regra, são um quarteto). Além da pedrada óbvia de "Will You Still Love Me Tomorrow?", elas acumularam hits do calibre de "Baby It's You" (dos Beatles, novamente eles), "Dedicated to the One I Love" e "Mama Said". Mandavam incrivelmente bem. E mostraram que continuam dando conta do recado numa reunião realizada recentemente (abaixo).



5.9.09

A São Paulo Restaurant Week definitivamente não me desceu bem


São Paulo Restaurant Week 2009: gastronomia de ricos para remediados

Gastronomia não é muito minha praia. Claro que gosto de comer bem. Aliás, quem não gosta? E, apesar de meu paladar não ser refinado a ponto de recusar uma coxinha de frango de boteco, a idéia de jantar em um restaurante de bacana até que me encantou quando começou o burburinho em torno da São Paulo Restaurant Week 2009.

Motivado mais pelo hype - e pela insistência cálida dos amigos - do que qualquer coisa, aderi à 5ª edição do evento de comilança-de-ricos-para-remediados. De um jeito meio que "de qualquer jeito", escolhemos (na real, escolheram por mim) o Le Buteque , para um jantar, na sexta-feira, dia 04 de setembro.

Demorou um pouco, mas não muito, pra perceber que seria uma CILADA. O lance todo já estava estranho o sufuciente quando descemos a Haddock Lobo no sentido do bairro-vitrine dos Jardins. À medida em que a Avenida Paulista ficava mais distante atrás de nós, eu me sentia cada vez mais inadequado em minha camisa (meio amassada) de algodão de R$ 39,90.

Quando, finalmente, entramos no bistrô, a decepção veio como uma onda de mescalina. ZIIIIIIIMMMMMMMM! Parecia uma pequena lanchonete fast food à meia luz (com preços exorbitantes, of course), borrifada de clima francês. Nos acomodamos no piso superior, onde grupos de bacanas e remediados estavam entretidos na lida.

Confesso que reparei menos do que gostaria no espaço. Só chamou a atenção o fato de podermos ver, da mesa que escolhemos, toda a movimentação da cozinha do lugar. Pelo que consegui ver, todos os presentes tinham optado pelo cardápio promocional do SPRW, que, por 39,00 + R$ 1,00 (de doação para o Ação Criança) oferecia as seguintes opções:

Jantar

Entrada
Salada de lentilhas com ovo frito
ou
Lula grelhada ao molho mostarda (X)

Prato principal
Linguiça de peixe, creme de limão com legumes (X)
ou
Penne com ragu de boeuf bourguignon

Sobremesa
Bandeja de sobremesas variadas (?)

Escolhemos, todos, a lula (inclusive eu, que odeio, mas queria dar uma nova chance), a linguiça de peixe, e sobremesas diferentes. Eu fiquei com um doce de chocolate crocante cujo nome não me recordo. Para beber, fomos servidos, insistentemente, de garrafas e mais garrafas de água com gás. Também rolou um pequeno couver, que consistia em fatias de pão e uma porçãozinha de manteiga.

Bem, a maratona começou comigo me xingando por ter escolhido a lula.de entrada Não adianta. Dei umas duas garfadas e mal consegui engolir. Não consigo comer algo que tenha tentáculos, simplesmente não consigo. Por sorte, uma das minhas amigas deu conta do resto. Não pude avaliar essa parte do menu. Devia ter ficado com a lentilha (mas, porra, isso eu compro no mercado e faço em casa).

Na sequência, veio a linguiça de peixe, que, segundo o garçom, era um prato bolado pelo chef especialmente para o evento. Nova decepção. Duas linguiças magras (e algo azedas) de aparência cadavérica, UM (!) brócoli, algumas fatias de cenoura e uns exemplares de vagem.
O tal creme de limão era tão figurativo que mal vale a pena mencionar. Tudo no esquema french de quantidade. O prato todo parecia uma refeição de presidiário cambojano. Aliás, acho que é esse o segredo da culinária francesa.

O ponto alto foi a sobremesa. Apesar de que, a esta altura, difícil era piorar. Se o garçom me servisse um misto quente ganharia um beijo na boca. Realmente não me lembro do nome do doce que escolhi (se é que tinha um nome), mas gostei. Uma bolota de chocolate (x1) espumoso, com uma outra camada de chocolate (x2) duro por baixo, recheada por chocolate (x3) cremoso. Fora a falta de imaginação de quem fez, fiquei satisfeito. Os convivas também aprovaram suas respectivas escolhas.

Terminada a última etapa do jantar, fomos embora a toque de caixa para tomar cerveja (pelo menos isso, já que nem olhamos a carta de vinhos temendo um ataque cardíaco). A conta do Le Buteque(inho) ficou em R$ 49 e uns quebrados para cada. Ainda amargamos uma subida triste em direção à civilização remediada da Avenida Paulista. Acabamos escolhendo um bar qualquer em uma das ruas que cortam a Augusta e evitamos falar muito do acontecido. Quem cai numa cilada dessas quer logo esquecer.

Talvez a minha próxima São Paulo Restaurant Week seja mais apetitosa. A desse ano, definitivamente, não me desceu bem.

1.9.09

Uma justa homenagem ao "Trouble Man"



Maceo Parker é um dos maiores saxofonistas do Soul-Jazz. O mancebo inclusive tocou na banda de James Brown, o que acaba com qualquer necessidade de apresentações. Em 1991 ele resolveu prestar uma homenagem ao mítico Marvin Gaye - morto em 1984 - ao incluir uma versão de "Let's Get it On", hit absoluto do gênero, no álbum "Mo' Roots". Em 2004, o músico lançou o DVD "My First Name is Maceo", que contém essa versão (acima) da música. É de chorar. Ou melhor, de sorrir. Por um bom tempo, aliás!

Destaque para a performance impecável do baixista Jerry Preston, que arregaça também nos vocais! E, claro, para o sax alto mágico do Maceo Parker.

Pra quem quiser, aqui embaixo fica a canção na voz de seu dono. Não é pra comparar. Só pra curtir. E sorrir.



Come on! Let's get it on!