30.6.09

Sobre Tom Waits, heras venenosas e o que resta do meu fígado


Tom Waits: o velho rabugento está uivando em algum lugar a uma hora dessas

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Gostaria que minhas memórias recentes (algo absurdas) fluíssem por aqui com o ritmo sincopado de uma canção de Tom Waits. O velho rabugento está uivando em algum lugar a uma hora dessas, enquanto conto os cacos de mais uma semana descolada do continuum e ignorante da nova ordem mundial. Poesia de rua dentro de um quarto de hotel em que não dormi e uma viagem venenosa pelas heras da cidade esquecida (e sem limites).

É. Talvez ninguém entenda nada. Com um pouco de azar, todo mundo vai entender tudo. Jequitibá-rosa derramada em quantidade imprudente em um copo de cólera, e tudo o que eu não quis foi preservar o fígado e a recém-adquirida inclinação ao pós-moderno - que dizem, afinal, não existir. Reflexos autoinduzidos de cafeína e nicotina na cabeça agora. E os ecos desses dias belos e estranhos continuam a reverberar...

... no ritmo sincopado de uma canção de Tom Waits.

3 comentários:

Unknown disse...

"Viagem venenosa pelas heras da cidade esquecida"? Muito curioso!Por mais que se negue, sempre fica alguma coisa que ainda envenena... =]

Bruno Guerra disse...

E não é que a cidade sem limites ainda reservava algumas surpresas para esse incauto sobrevivente? :)

Unknown disse...

Pois é... que ótimo! Mais um bom motivo pra você arriscar novamente alguns dias no interior. =]
Pelas referências do texto já dá pra notar que foi realmente... motivador.