[ego] [ficção?]
São quase cinco da manhã e restam apenas cinco cigarros dentro do maço. Quando eu terminar, eles provavelmente terão se tornado cinzas e transbordado o cinzeiro verde que roubei do bar que mais gostei de frequentar até hoje. Aqui acaba a parte autobiográfica do que tenho pra contar.
Faltam quarenta minutos para as cinco. Faltam três quartos da vida (com sorte) pra tudo se acabar. Acendo o isqueiro em um exercício desnecessário de estilo. Enquanto a chama vai se alastrando pelo tabaco seco, penso que por conta desse hábito nojento - e delicioso - eu devo ter só mais dois quartos até a luz se apagar.
Desde que ouvi um certo disco e vi um certo filme, passei a acreditar que há um verme esperando cada um de nós a sete palmos debaixo da terra. Pacientemente esperando. E o que é que vai acontecer quando os encontrarmos? Quando a carne deixar de ser carne para se transformar em... Bem... Outra coisa?
Nunca tive uma opinião formada sobre a morte. E nem sei por que é que pensei nisso agora. Afinal, é tudo encenação. Ou você já se esqueceu do que eu disse no primeiro parágrafo? Afinal, é apenas uma série de coisas correndo pelo seu (meu) cérebro.
Não conheço ninguém que já tenha experimentado o que é estar à beira da morte. Já ouvi relatos: um túnel escuro com uma luz no final. Não sei se acredito. Pra mim, encarar o fim deve ser algo mais ou menos assim:
Now that the day has come
I see myself as everyone
I am whats all around me
No, nothing it just cannot be
Feeling has come from the sun
Like most everything and everyone
What seems lost is free from the force that slowly destroys us
And kills all matter off
Well, we dont control the chance that plays with us
And we get existence back by hurting others
And when we go the other way its ourselves we hurt
But who pushes on though eventually will see
Every moments first
Every moment is first
Whats gone will never come back
But it exists when you think of it
And what is anything, anyway
But a series of things running through your brain
All of the fucked things you do
Are the product of whats happened to you
Whatever you create from love
Is a gift from the place which some call above
Theres only the forces of hate and love
One breaks things down and one builds them up
I see myself as everyone
I am whats all around me
No, nothing it just cannot be
Feeling has come from the sun
Like most everything and everyone
What seems lost is free from the force that slowly destroys us
And kills all matter off
Well, we dont control the chance that plays with us
And we get existence back by hurting others
And when we go the other way its ourselves we hurt
But who pushes on though eventually will see
Every moments first
Every moment is first
Whats gone will never come back
But it exists when you think of it
And what is anything, anyway
But a series of things running through your brain
All of the fucked things you do
Are the product of whats happened to you
Whatever you create from love
Is a gift from the place which some call above
Theres only the forces of hate and love
One breaks things down and one builds them up
Como já falei do cara antes, você pode conferir a autoria (e a experiência) dessas palavras aqui.
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