Uma conversa com o post "As melhores", de Vinícius Novaes.
A mulher pra casar não pode ter passado. Ainda que tenha feito e desfeito, comigo tem que ser a primeira vez. E do resto eu nem quero saber. Não tem ontem, porque é comigo que vai ser amanhã. O hoje a gente vai levando. E se for, que seja de véu e grinalda, que é pra manter girando a roda das tradições.
Guarda nas entrelinhas - e nunca, nunca escancara - um sentimento, seja qual for. Guarda tão fundo que nem eu sei o que se passa lá dentro. Que é pra manter o suspense caso ela resolva, um dia, ir embora levando filhos, cachorro, carro e casa. E, pensando bem, se ela levou a casa, quem foi fui eu.
Sabe ser difícil na medida certa. Nunca responde uma mensagem no celular logo de cara, e nem diz "alô" já depois do primeiro toque. Afinal, eu nunca me casaria com alguém que pode genuinamente estar interessada em mim. O que importa é jogar. E jogar. Uma eterna partida de War.
Ademais, rodrigueano, jamais faria com ela o que faço com uma qualquer. Ela não é qualquer uma. É a minha mulher. E é tão quietinha...
Ademais, rodrigueano, jamais faria com ela o que faço com uma qualquer. Ela não é qualquer uma. É a minha mulher. E é tão quietinha...
3 comentários:
Com sua licença, a senhora Adélia Prado:
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
-- dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
g-zuz.
Acredite se quiser: teve gente que achou que eu falava sério.
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