Brothers of Brazil: os irmãos Supla e João clicados por Mateus Mondini
Às vezes um artista nos surpreende de forma positiva na hora em que menos esperamos. Dessa vez, o culpado é o "Papito" a.k.a. Supla, que fez fama no Brasil nos anos 1980 por ser uma espécie de Billy Idol tupiniquim. O roqueiro, filho de Marta e Eduardo Suplicy, ainda acumulou algumas aparições no cinema, em um reality show e nas paradas de sucesso recentes, principalmente por conta do hit ressucitado "Green Hair" (mais conhecido como "Japa Girl"). No entanto, nos últimos anos o músico andava meio sumido do radar algo obtuso da "grande mídia". Até que, em 2007, juntou-se ao irmão João Suplicy - músico de discografia consistente na seara da MPB - para um show meio improvisado em Londres. Supla, que sempre foi frontman, um entertainer, como ele gosta de dizer, sentou na bateria, sem abandonar os vocais, e João ficou com o violão e voz. A mistura, um combinado inusitado de punk rock e samba/bossa, acabou batizada de Brothers of Brazil por Bernard Rhodes, ex-empresário do Clash, e virou coisa séria.
Os irmãos acabaram ganhando um programa de televisão - "Brothers", na RedeTV - no qual além de apresentar quadros amalucados como o Brothers Ride - em que levam uma "gostosa" pra uma espécie de concurso de xavecos com os transeuntes - eles podem tocar as suas próprias músicas. Entre os compromissos com o programa, as composições foram se empilhando até chegar às 16 faixas do disco "PunkaNova", lançado em agosto de 2009 em uma edição revista-pôster, vendido em bancas de jornal por simpáticos R$ 12,99. E vale cada centavo.
A foto da capa de "PunkaNova" (por Mateus Mondini): CD nas bancas por R$ 12,99
Ao longo dos pouco mais de 40 minutos do álbum, Supla e João mostram um entrosamento meio simbiótico, representado pelas vozes de timbres muito parecidos, sempre harmonizadas em arranjos inteligentes e sofisticados. A bateria de suingue muito particular de Supla dita o ritmo, enquanto João preenche os espaços com as harmonias suaves de seu violão. O clima parece o de uma cocktail party onde os drinks foram "batizados" com algo mais forte que o normal. As letras - em inglês, na maioria das vezes - versam basicamente sobre as aventuras e desventuras da dupla em shows pelo mundo - "I Love the French" é uma deliciosa piada sobre o atendimento blasé em Paris - e as vicissitudes da fama, como em "Paparazzi", inspirada em uma passagem pelo circo midiático montado em torno da casa de Amy Winehouse, e na empolgante "Impostor", mensagem a um comediante que criou um personagem baseado em imitações do Supla.
É possível ouvir algumas das músicas do duo no MySpace da banda. Lá também dá pra conferir a agenda deles e acompanhar as últimas peripécias da banda pelo blog. Experimentar "PunkaNova" na íntegra, no entanto, é mais que recomendável.
C'mon, kids!
Os irmãos acabaram ganhando um programa de televisão - "Brothers", na RedeTV - no qual além de apresentar quadros amalucados como o Brothers Ride - em que levam uma "gostosa" pra uma espécie de concurso de xavecos com os transeuntes - eles podem tocar as suas próprias músicas. Entre os compromissos com o programa, as composições foram se empilhando até chegar às 16 faixas do disco "PunkaNova", lançado em agosto de 2009 em uma edição revista-pôster, vendido em bancas de jornal por simpáticos R$ 12,99. E vale cada centavo.
A foto da capa de "PunkaNova" (por Mateus Mondini): CD nas bancas por R$ 12,99
Ao longo dos pouco mais de 40 minutos do álbum, Supla e João mostram um entrosamento meio simbiótico, representado pelas vozes de timbres muito parecidos, sempre harmonizadas em arranjos inteligentes e sofisticados. A bateria de suingue muito particular de Supla dita o ritmo, enquanto João preenche os espaços com as harmonias suaves de seu violão. O clima parece o de uma cocktail party onde os drinks foram "batizados" com algo mais forte que o normal. As letras - em inglês, na maioria das vezes - versam basicamente sobre as aventuras e desventuras da dupla em shows pelo mundo - "I Love the French" é uma deliciosa piada sobre o atendimento blasé em Paris - e as vicissitudes da fama, como em "Paparazzi", inspirada em uma passagem pelo circo midiático montado em torno da casa de Amy Winehouse, e na empolgante "Impostor", mensagem a um comediante que criou um personagem baseado em imitações do Supla.
É possível ouvir algumas das músicas do duo no MySpace da banda. Lá também dá pra conferir a agenda deles e acompanhar as últimas peripécias da banda pelo blog. Experimentar "PunkaNova" na íntegra, no entanto, é mais que recomendável.
C'mon, kids!