28.4.10

Paraísos artificiais

Paraísos artificiais
[ficção programada] [ego]

Queria encontrar, em qualquer beco, um grama de você
Talvez vinte e cinco miligramas, se fosse de engolir
Ou 60 mililitros se fosse de beber

Uns 2 litros se fosse pra ser leve
Talvez um pedacinho, pra ser pesado
O dia seguinte que se ferre

Ia, então, deitar sob palmeiras imaginárias
Colecionando lembranças virtuais

Uma amostra sintética de você
Dos nossos paraísos artificiais

26.4.10

O dia da morte de Peter Steele

Peter Steele
Peter Steele, do Type O Negative: ícone do goth rock morto aos 48 (Divulgação)

Poucos são os astros da música que têm a oportunidade de morrer mais de uma vez. Paul McCartney é um deles. Peter Steele é (era) outro. Pouco depois de eu passar grande parte da minha pós-adolescência vestindo uma camiseta com a capa do disco Bloody Kisses, alastrou-se o rumor - acho que em 2005 - de que o baixista e vocalista do Type O Negative estava morto. A imagem de uma lápide com o nome do músico, publicada no site oficial da banda, provocou pânico entre os fãs. Mas, tudo não passou de uma brincadeira - até onde se sabe -, bem ao estilo de humor negro de Steele e cia.

Bem, depois de brincar com a morte nessa pegadinha com os fãs e em dezenas de músicas, Steele foi embora de verdade. Fiquei sabendo no Facebook, por um amigo. Uma parada cardíaca ainda mal explicada tirou o cara da jogada. Era dia 15 de abril (a morte ocorreu dia 14). Instantaneamente lembrei de muita coisa: do aparelho de som roubado do carro da minha mãe com uma cópia original do Bloody Kisses dentro, do constrangimento estranho ao ouvir Christian Woman pela primeira vez, dos outonos que passei escutando October Rust.

Depois da notícia, corri para reunir de novo a discografia do Type O. Fiquei surpreso ao ver que ainda me identificava com tanta coisa. Peter Steele teve uma vida controversa: posou nu para a Playgirl, foi viciado em cocaína e alcoólatra (condições das quais já estava relativamente recuperado), preso e enviado para a rehab a mando da própria família e estampou a capa de um disco com aquilo que Tom Zé não teve coragem de mostrar de verdade. Tudo isso (e mais sete discos de estúdio) em apenas 48 anos. Controvérsias deixadas de lado, vou lembrar do cara por aquilo que ele fez de melhor: a música.

R.I.P.



15.4.10

Cada vez mais estranhos...



O trio experimental Strange Music que mistura rock alternativo à música eletrônica se apresenta amanhã no bar Empório São Pedro. No repertório da noite constarão música do primeiro, segundo e do terceiro disco da banda - o último ainda em gravação.

A sonoridade da Strange Music percorre o lounge, passando pelo noise e a soul muisc. A mistura garante levada própria em músicas para curtir e ficar numa boa, ou em sons envolventes e dançantes com batida bem marcada pelo bumbo.

Desde 2006, quando se formou em Bauru (SP), o grupo fez diversas apresentações em festas, bares e espaços culturais. Locais como o Bar Brahma e o Centro Cultural São Paulo já cederam seus palcos para show da Strange Music. No fim de 2008 a banda tocou no evento que marcou a chegada da operadora Oi a São Paulo, o evento contou ainda com Lulu Santos e Frejat.

SERVIÇO
Empório São Pedro apresenta o show da
Strange Music (com discotecagem pré e pós do DJ Zabarov)
16/04/2010 - Gratuito

R. Albuquerque Lins, 184
(Px. Metrô Mal. Deodoro)

Bar a partir das 22h | Show 23h